Um evento como o Festival de Luz em Marvila é a prova dada que chegamos mais longe quando trabalhamos em inter ou mesmo transdisciplinaridade. Torna também mais evidente a riqueza que advém da articulação entre várias áreas do saber e o papel que as Bibliotecas Escolares podem desempenhar nessa articulação, no desenvolvimento de competências diversas, no reforço de múltiplas literacias. É também uma mostra de trabalhos, resultantes de um longo processo que ilustra a organização curricular dos professores e a realização dos alunos, enquanto autores de diversos produtos culturais. Proporciona também um sentido social à produção escolar, tantas vezes fechada em sala de aula e aqui aberta a toda a comunidade.
As turmas de 7º, 8º e 9º do Damião de Góis
estiveram representadas na instalação "Bibliotecas Escolares: leitura,
Luz, Liberdade", com trabalhos realizados nas disciplinas de Português
(professoras Elisabete Dias e Rute Nunes) e Educação Visual (professores André
Teodoro e Isabel Carvalho): "Diários de escrita", para o 7ºs;
"Estendal de poesias" para o 7º A e os 8ºs e uma evocação a Luís Vaz
de Camões e a sua obra "Os Lusíadas" para os 9ºs. A este núcleo de
trabalhos, juntaram-se a instalação "Retratos", apresentada pela
professora Isabel Carvalho e as suas turmas e os trabalhos da Universidade
Sénior desenvolvidos no âmbito da disciplina de Português (professora Elisabete
Dias).
Finalmente, a própria Biblioteca Escolar
Damião de Góis propôs uma "Máquina de fabricar histórias"
(simples uso de um retroprojetor para criar narrativas visuais com acetatos);
uma pequena instalação recordando a importância das Bibliotecas como espaços de
liberdade e um vídeo síntese das atividades desenvolvidas ao longo do presente
ano letivo.
Resta sublinhar o prazer retirado de todo
este processo: o trabalho em equipa, a criatividade na resolução de problemas
no momento de expor materiais diversos, o privilégio de ver outros tantos
colegas a criar espaços que valorizam os trabalhos dos nossos alunos e alunas.
Testemunhar o encantamento dos "autores" ao reconhecer a
sua obra e apresentá-la à família. E aqui não falamos apenas dos mais jovens,
mas também das alunas da Universidade Sénior que vieram ver o resultado final
dos textos trabalhados em Português, demonstrando que a aprendizagem e o prazer
que daí se pode retirar não tem idade. Testemunhar finalmente esse mesmo
encantamento nas famílias, reforçando o laço positivo entre estas e a escola.
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