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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Paris, 2015




21ª Cimeira do Clima

Quase 150 líderes mundiais em Paris



Le Bourget, um aeroporto a 14 quilómetros a norte de Paris, é o palco da XXI conferência do clima, que termina no dia 11 de Dezembro.

Segundo a organização, 40 mil delegados e 147 líderes mundiais estão registados, entre os quais Barack Obama e Xi Jinping que participam hoje na abertura das negociações. António Costa, novo primeiro-ministro português, vai liderar a delegação portuguesa na COP 21.


 São 196 as partes reunidas na COP21 da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas que acordarão os termos do sucessor de Protocolo de Quioto de forma a evitar alterações climáticas catastróficas.

 A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês) é um acordo ambiental internacional adotado na Cimeira da Terra, que teve lugar no Rio de Janeiro em 1992, e tem como objetivo prevenir uma interferência antropogénica perigosa no sistema climático através do aumento da concentração de gases com efeito de estufa (GEE).

 Este acordo, ainda que não global, foi adotado em Quioto em 1997. O Protocolo de Quioto (que só entrou em vigor em 2005 quando foi ratificado por um grupo de países responsáveis por 55% das emissões) obrigava os países signatários a reduzir as emissões de GEE de acordo com a sua contribuição histórica para a concentração de GEE, abrangendo exclusivamente os países desenvolvidos, com exceção dos EUA.

 Desde então têm vindo a ser negociados os termos do novo acordo climático a vigorar a partir de 2020 que deve ser aprovado na cimeira do clima da ONU que começou hoje, em Paris.

 Espera-se que este acordo permita avançar na direção da limitação da subida da temperatura global a 2 graus Celsius que foi estabelecido como limite de segurança para evitar consequências catastróficas.

 As metas de redução nacionais propostas por cada país na preparação para esta Cimeira do Clima apenas permitem limitar o aquecimento do planeta a 2,7 graus Celsius até 2100, sendo necessário por isso, que os objetivos de redução sejam revistos periodicamente e com ambição crescente. No entanto, e como o novo acordo apenas deve vai vigorar a partir de 2020, é necessário fazer mais para reduzir as emissões até então.

 Por outro lado, é necessário que o novo acordo contemple mecanismos de financiamento dos países em desenvolvimento que apoiem a transição para as energias renováveis e ainda que lhes permitam adaptarem-se às alterações climáticas que já se estão a fazer sentir através de medidas preventivas e suportar a perdas/danos resultantes de desastres climáticos que não seja possível prevenir.

Quase 200 líderes mundiais tentam chegar a acordo para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.

 As catástrofes naturais, cada vez mais frequentes, são uma das consequências das alterações climáticas a nível mundial.

O presidente francês fez as honras da casa e lembrou aos 150 chefes de Estado e de Governo os grande desafios da humanidade: o terrorismo e as alterações climáticas.

O secretário-geral da ONU pede medidas concretas aos representantes de 196 países para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. Têm até ao dia 11 para conseguir um compromisso para um mundo melhor.


 


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