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sexta-feira, 24 de outubro de 2025

IA e BE, uma relação para durar?

    Se no dia 20 de outubro tivemos a oportunidade de ouvir diversos especialistas, em diálogo com a sociedade civil, sobre os desafios da cidadania digital e do bem-estar online, no dia seguinte, terça-feira, 21 de outubro, foi a vez do Fórum RBE 2025 reunir a comunidade educativa na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, em torno de temáticas semelhantes.
 

  
 O tema deste ano, “Bibliotecas Escolares: Humanismo e Intervenção”, pode, à primeira vista,  sugerir um foco mais clássico ou filosófico,  afastado das questões tecnológicas. No entanto, a verdade é que a inteligência artificial (IA) esteve bem presente nas conversas e intervenções do Fórum. Assim,  sem nunca perder de vista o papel humanista das bibliotecas escolares, (lugares de acolhimento, de inclusão, de pensamento crítico, de diálogo) refletiu-se sobre os desafios e oportunidades que a IA traz à educação, sendo as BE espaços onde se experimenta, se aprende com a tecnologia e se constrói futuro. Falou-se de ferramentas de IA generativa, da importância da literacia digital crítica, e da necessidade de preparar os alunos para um mundo onde a tecnologia está cada vez mais integrada nas suas vidas, dentro e fora da escola.
     
A Biblioteca Escolar configura-se portanto como um
espaço de mediação
de cruzamento entre humanismo e inovação, onde o humano continua a ser o centro, mas onde se reconhece que a tecnologia pode ser uma aliada poderosa na promoção da leitura, das múltiplas competências da pesquisa, da criatividade e da cidadania.
     Mais do que nunca, importa capacitar os nossos alunos para serem
empáticos, curiosos, criativos, autónomos, críticos - humanos. E as bibliotecas escolares continuam a ser lugares privilegiados para cultivar essas competências, mesmo num cenário de transformação digital acelerada.
    O Fórum terminou com a entrega do Prémio Professor Bibliotecário 2025, que distingue práticas de excelência nas bibliotecas escolares sublinhando o papel transformador dos professores bibliotecários na promoção da literacia, da inclusão e da cidadania nas escolas portuguesas. A vencedora desta segunda edição foi Margarida Gomes Amaral, do Agrupamento de Escolas Gabriel Pereira, em Évora, reconhecida pelo seu trabalho inovador e inspirador. Foram também atribuídas menções honrosas às professoras Manuela Maria Lopes de Sá Cachada Baptista, da Escola Secundária de Paços de Ferreira, e Teresa Maria Morais, da Escola Secundária São Pedro, em Vila Real. 

Se o assunto vos interessa não percam as palavras  de Manuela Pargana:

https://www.rbe.mec.pt/np4/forum-rbe-2025.html

https://blogue.rbe.mec.pt/forum-rbe-2025-bibliotecas-escolares-3012043 

... e a apresentação das professoras bibliotecárias finalistas ao prémio:

https://www.youtube.com/watch?v=cvCAWoB5_bM 

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