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quarta-feira, 10 de maio de 2023

As turmas de 7º foram ao teatro

       Na sexta-feira dia 5 de maio, as turmas A, B e C do 7º ano da nossa escola foram ao teatro! Desta vez a opção das professoras recaiu sobre a companhia de Teatro “Cultural Kids”, que apresenta os seus espetáculos no Colégio Pedro Arrupe, localizado na parte norte do Parque das Nações.  
        As turmas foram ver
peça Leandro, rei da Helíria, de Alice Vieira, que têm estado a estudar nas aulas de Português. Quando dizemos que o texto é da autoria de Alice Vieira queremos dizer que se trata de uma adaptação de uma narrativa popular, fixada ainda no século XIX por Teófilo Braga, com o título de “Como a comida quer ao sal”. Apesar de algumas diferenças de detalhe estas versões têm, por sua vez, semelhanças com o “Rei Lear” de William Shakespeare, que também usou material anterior, da tradição oral.  

       Na base está uma reflexão sobre o poder e sobre a relação de amor que une pais e filhos. De facto, Leandro, rei da Helíria, convencido que os deuses lhe comunicaram, através de um sonho, que deve deixar de reinar, decide verificar qual das três filhas lhe tem mais amor. É claro que as duas mais astutas, mas também mais falsas, fazem um grande discurso que envaidece o rei. Em contrapartida a filha mais nova, ao ser completamente sincera,  diz-lhe que lhe quer "como a comida quer ao sal”. O rei não entende e sentindo-se desconsiderado, expulsa essa filha e entrega o seu reino às duas outras. O tempo irá revelar que Leandro foi “cego (na peça perde mesmo a visão e «Rei Lear», de Shakespeare chega a enlouquecer) e vítima do próprio orgulho. Acabando ele próprio por ser expulso pelas filhas a quem deu o poder e riquezas do reino, vagueia, apenas acompanhado do fiel bobo, até que é  finalmente salvo e perdoado pela filha mais nova. 

 

     A companhia “Cultural Kids fez algumas opções cénicas muito interessantes (e engraçadas) em que um William Shakespeare curioso interage com a peça e com o público pelo Skype, tentando acompanhar o andamento da história.  Os alunos foram sensíveis a todo este trabalho, embora não lhes tenha escapado alguns aspetos menos conseguidos, como podemos ver nas palavras do Afonso Raposo e Rúben Maia do G7A, que transcrevemos:
 
Nós tínhamos lido o livro antes do teatro e gostamos muito e gostamos do teatro também, mas há pontos altos e baixos.
Pontos fortes: primeiramente fizeram um ótimo trabalho a representar o livro; os cenários estavam muito bem feitos para o ambiente da história; os atores representavam muito bem os seus papeis; as músicas eram bem feitas nos momentos certos.
Pontos fracos: nós achamos a comédia mais fraca, comparada com a do livro; o teatro demorou muito a começar.
O que gostamos mais: O bobo, e a frase “tiraste-me as palavras da boca”.  

    Finalmente falta dizer-vos que os nossos alunos estiveram muito bem do princípio ao fim desta aventura (que começou na paragem do autocarro e implicou um tempo de espera razoável enquanto se alinhavam as diferentes escolas que encheram o auditório) e (…) foram um orgulho para a Escola e para as professoras que os acompanharam, pelo seu comportamento durante a peça e durante o percurso. 

E para saberem mais:  

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