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segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Maratona de Cartas

 Todos os anos a Amnistia Internacional lança uma campanha de angariação de assinaturas que chama a atenção para a situação  de diversas pessoas / comunidades, cujos diretos humanos foram ou estão a ser ameaçados. Sendo dirigida a todos que nela queiram participar, a campanha pode também ser levada a cabo com a colaboração das escolas. A cada escola participante é atribuído um código que a identifica.
Gostaríamos de apelar ao vosso envolvimento nesta campanha de cidadania ativa, e, se o entenderem, registar o código da nossa escola: 1950-057 

Para ficarem a saber
mais sobre esta iniciativa da Amnistia Internacional: 

https://www.amnistia.pt/maratona/#materiais 

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

A partir de agora sou a Biblioteca Professora Elvira Salgueiro

 Pode parecer de somenos importância a mudança de um nome, sobretudo se se trata de um edifício ou de um local. Para aqueles que acreditam que as bibliotecas escolares são o coração de uma escola, essa mudança torna-se muito significativa. Quando o objetivo é ligar, para sempre, esse "coração" à memória de alguém que consideramos muito, muito importante  essa mudança não é apenas simbólica; é um gesto carregado de significado, que perpetua a presença e a influência de quem dedicou tempo, conhecimento e afeto a todos nós.  Dar o nome da Elvira à biblioteca da Damião de Góis é reconhecer que, tal como os livros que guardamos, a sua memória continuará a inspirar-nos. É afirmar que o seu legado não se perde, mas se transforma em referência viva para todos os que aqui estudam e trabalham. Porque uma biblioteca não é apenas um espaço físico: é um lugar de encontro, de partilha e de crescimento. E, ao associá-la a alguém que personificou esses valores, estamos não só a perpetuar uma memória como a dizer que acreditamos na força das pessoas para melhorar o nosso mundo. Esta homenagem é, por isso, um ato de gratidão e de esperança de dar continuidade a tudo o que ela personificou.




 

terça-feira, 25 de novembro de 2025

A gentileza está a passar por aqui...

    Dia 13 de novembro é o Dia Mundial da gentileza. A ideia surgiu de uma conferência em Tóquio, no Japão, em 1997,  para promover a gentileza como uma ferramenta para melhorar as relações humanas. pois  não beneficia apenas quem a recebe, mas também quem a pratica, reduzindo o stress e a ansiedade e melhorando o bem-estar emocional.
    No nosso Agrupamento, como em muitos outros, é habitual estendermos esta data um pouco mais promovendo ações e desenvolvendo projetos que nos possam ancorar mais nesta prática, atualizando o nosso "gentilómetro".
    No presente ano letivo, ao contrário dos últimos anos não se desenvolveu um projeto aglutinador, envolvendo todas as escolas e todos os ciclos. Mas podemos sempre contar com os nossos professores e professoras de Cidadania e Desenvolvimento para pequenos momentos de reflexão, criatividade e partilha. Podemos sempre também contar com a Biblioteca Escolar para propor algumas atividades. 
    Face a uma adesão um pouco inferior, decidimos "sair à rua" e fazer três perguntas à nossa comunidade educativa: 1- "o que evoca a palavra gentileza"; 2-"qual foi a última vez que foi gentil para com alguém" e 3-"qual foi a última vez que foi gentil para consigo próprio(a)". Gostaríamos de ter feito um belo podcast, mas, "por razões técnicas" ficámo-nos pela escrita e pela transcrição.
1- para a maioria dos nosso inquiridos "gentileza" evoca sorrir, ser amoroso ou simpático, solidariedade, empatia e boa educação (neste ponto discordamos pois conhecemos bem educados que não são nada gentis).
2- os "gentilómetros" dispararam: os nossos inquiridos sabiam exatamente do que estavam a falar, mostrando que gestos tão simples como ajudar alguém a subir no autocarro, segurar uma porta, sorrir e dizer "bom dia", ajudar a mãe a preparar o jantar, apoiar um irmão mais novo com os TPC, felicitar uma amiga pela aparência, preparar um pequeno almoço, fazer um café e partilhar... são gestos simples mas gentis que desencadeiam sensações de felicidade e positividade, promovem o apego e a conexão social.
3- já quanto a seremos gentis connosco próprios... as opiniões dividem-se: alguns, muito determinados responderam "sempre" ou "todos os dias". E referem sobretudo situações de auto cuidado e de encorajamento. Outros hesitaram e tiveram de pensar muito. Outros ainda responderam "não sei". 
Conclusão: sabemos cada vez mais o significado da gentileza e sabemos identificar atitudes gentis. Sabemos ser gentis com os outros, embora apliquemos essa gentileza sobretudo àqueles que nos são mais próximos. Mas ainda temos muita dificuldade em sermos gentis connosco.




sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Entrega de Diplomas de Mérito de Prata

     No dia 13 de novembro teve lugar mais uma entrega de  Diplomas de Mérito Prata na nossa Biblioteca, para o 2º e o 3º ciclos. É sempre um prazer enorme ver reconhecido o mérito dos nossos alunos. Nem todos estiveram presentes e alguns diretores de turma mudaram (os prémios refere-se ao trabalho do transato ano letivo e alguns professores já não se encontram no Agrupamento). Mas está sempre garantida uma atmosfera calorosa, aplausos e abraços, e claro uma pausa para fotografias.


 

 

"The Widow and the Parrot"

     Foi realmente "The Widow and the Parrot" e não a ""A Viúva e o Papagaio" de Virginia Woolf que tivemos a oportunidade de ver nesta terça dia 11 na Biblioteca Damião de Góis, por iniciativa do grupo de Inglês e com a colaboração da Porto Editora.
    Dois jovens atores,  um cenário versátil e uma encenação feita a pensar na interação com o público, ao serviço de uma história  inteligente e divertida.
    Acrescentamos um público  atento, participativo e muito bem comportado. Um sucesso que comprova que as aprendizagens curriculares (neste caso a língua inglesa e a abordagem da obra, recomendada  para o 6º ano pelo Plano Plano Nacional de Leitura) podem ser realizadas em muitos contextos e em paralelo com muitas outras aprendizagens informais.


Duas representações, uma para as turmas de 5º e outra para as turmas do 6º. Todos participaram de forma entusiástica, nomeadamente quando solicitados para colaborar na sonoplastia, reproduzindo o som da chuva e dos trovões com sacos de plástico.
  





quarta-feira, 5 de novembro de 2025

A catástrofe de 1755

    Coincidentemente ou não, a nossa colaboração com o Arquivo Municipal de Lisboa recomeça com "A catástrofe de 1755", (para os 6ºs anos) no dia em que se assinala, em 2025, o 13º exercício nacional de  "A terra treme". 
    A primeira sessão teve lugar às 10h25, com as técnicas do Serviço de Educação do AML a recordarem o papel e  a importância de um Arquivo Histórico e, partindo de um manuscrito anónimo, trazerem-nos  notícias  sobre o terramoto de 1 de novembro de 1755, que atingiu brutalmente a cidade de Lisboa. À informação seguiu-se momentos de reflexão sobre as reações dos lisboetas do séc.XVIII, as suas crenças num "castigo divino", numa época em a sismologia dá justamente os seus primeiros passos. Acompanhou-se também as ideias do ministro do rei D. José I (o futuro marquês de Pombal) para a reconstrução da zona da cidade mais destruída e todas as medidas tomadas para precaver a propagação de doenças e o desencadear da delinquência.
    Às 11h05 todos (alunos, professores e técnicas) pararam e cumpriram rigorosamente durante um minuto,  
o exercício previsto, durante o qual os participantes  executaram os 3 gestos que salvam: BAIXAR, PROTEGER e AGUARDAR.
    Retomámos depois a nossa conversa. Não houve contudo tempo para realizar a tarefa associada a esta sessão, que é a construção de um edifício pombalino. 
    Temos de salientar a atenção e o comportamento das turmas de 6º ano, que mostraram, não só possuir alguns conhecimentos históricos fundamentais à compreensão deste período, mas também um raciocínio rápido e uma boa capacidade de reflexão.

https://eurocid.mne.gov.pt/eventos/dia-mundial-da-sensibilizacao-para-o-risco-de-tsunami
 

terça-feira, 4 de novembro de 2025

"Os piratas"

     Começámos o mês de novembro com teatro: por iniciativa do grupo de português do 2ºciclo, e com a colaboração da Porto Editora, recebemos a peça "Os piratas". Mais exatamente uma adaptação de trinta minutos, que consegue apresentar de forma convincente o texto dramático (não muito fácil) de António Manuel Pina. Com efeito a história de os Piratas desenrola-se entre o passado e o presente, entre a realidade e o sonho.  Manuel, o protagonista acorda misteriosamente a bordo de um navio pirata. Ele não sabe como lá foi parar, mas rapidamente é confundido com um grumete pelo Capitão dos Piratas, que o obriga a colocar um lenço vermelho na cabeça. Os piratas estão prestes a atacar a vila de Manuel e raptar as mulheres, e ele entra em pânico ao pensar na  mãe. Desesperado, Manuel tenta fugir e salvar a mãe, mas de repente acorda — aparentemente tudo não passou de um sonho. No entanto, o lenço vermelho continua com ele… o que levanta a dúvida: foi mesmo um sonho ou aconteceu de verdade?

     Dois atores em palco, para numerosas personagens, um cenário bem criativo e e um conjunto de pequenas estratégias  para nos fazer perceber subtilmente os diferentes tempos e espaços em que se desenrola a história. Acabada a peça os atores interagem com o público, esclarecendo dúvidas e explicando curiosidades.

    


Balanço de um mês muuuitoooo cheiro

 Outubro foi um mês cheio de atividades e eventos, alguns do quais se prolongam, de resto, por novembro a dentro. Deixamos aqui algumas "evidências":

Exposição "A evolução da alimentação humana", visitada por diversas turmas, no contexto da disciplina de Cidadania e de Ciências Naturais.

 
Leituras com o 1ºciclo no contexto do MIBE.

Halloween: sugestões de leitura, filmes (o fabuloso "Mundo de Jack") e nosso altar do Dia de los Muertos.

 

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

MIBE 2025


    A braços com muitas outras tarefas apenas conseguimos começar as atividades do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares, no próprio Dia da Biblioteca Escolar em Portugal, que se assinala em 2025, a 27 de outubro. 

    Este é um evento instituído desde 1999  pela IASL (International Association of School Librarianship) e dinamizado, entre nós, pela Rede de Bibliotecas Escolares (RBE).

   O tema do MIBE 2025 é “Para além das estantes: IA, bibliotecas e o futuro das histórias”, um convite à reflexão sobre o papel das bibliotecas escolares num mundo em transformação, onde a inteligência artificial começa a influenciar a forma como lemos, escrevemos e imaginamos. 


sexta-feira, 24 de outubro de 2025

IA e BE, uma relação para durar?

    Se no dia 20 de outubro tivemos a oportunidade de ouvir diversos especialistas, em diálogo com a sociedade civil, sobre os desafios da cidadania digital e do bem-estar online, no dia seguinte, terça-feira, 21 de outubro, foi a vez do Fórum RBE 2025 reunir a comunidade educativa na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, em torno de temáticas semelhantes.
 

  
 O tema deste ano, “Bibliotecas Escolares: Humanismo e Intervenção”, pode, à primeira vista,  sugerir um foco mais clássico ou filosófico,  afastado das questões tecnológicas. No entanto, a verdade é que a inteligência artificial (IA) esteve bem presente nas conversas e intervenções do Fórum. Assim,  sem nunca perder de vista o papel humanista das bibliotecas escolares, (lugares de acolhimento, de inclusão, de pensamento crítico, de diálogo) refletiu-se sobre os desafios e oportunidades que a IA traz à educação, sendo as BE espaços onde se experimenta, se aprende com a tecnologia e se constrói futuro. Falou-se de ferramentas de IA generativa, da importância da literacia digital crítica, e da necessidade de preparar os alunos para um mundo onde a tecnologia está cada vez mais integrada nas suas vidas, dentro e fora da escola.
     
A Biblioteca Escolar configura-se portanto como um
espaço de mediação
de cruzamento entre humanismo e inovação, onde o humano continua a ser o centro, mas onde se reconhece que a tecnologia pode ser uma aliada poderosa na promoção da leitura, das múltiplas competências da pesquisa, da criatividade e da cidadania.
     Mais do que nunca, importa capacitar os nossos alunos para serem
empáticos, curiosos, criativos, autónomos, críticos - humanos. E as bibliotecas escolares continuam a ser lugares privilegiados para cultivar essas competências, mesmo num cenário de transformação digital acelerada.
    O Fórum terminou com a entrega do Prémio Professor Bibliotecário 2025, que distingue práticas de excelência nas bibliotecas escolares sublinhando o papel transformador dos professores bibliotecários na promoção da literacia, da inclusão e da cidadania nas escolas portuguesas. A vencedora desta segunda edição foi Margarida Gomes Amaral, do Agrupamento de Escolas Gabriel Pereira, em Évora, reconhecida pelo seu trabalho inovador e inspirador. Foram também atribuídas menções honrosas às professoras Manuela Maria Lopes de Sá Cachada Baptista, da Escola Secundária de Paços de Ferreira, e Teresa Maria Morais, da Escola Secundária São Pedro, em Vila Real. 

Se o assunto vos interessa não percam as palavras  de Manuela Pargana:

https://www.rbe.mec.pt/np4/forum-rbe-2025.html

https://blogue.rbe.mec.pt/forum-rbe-2025-bibliotecas-escolares-3012043 

... e a apresentação das professoras bibliotecárias finalistas ao prémio:

https://www.youtube.com/watch?v=cvCAWoB5_bM